A partir de 2018, as pessoas vivendo com
HIV/Aids (PVHA) serão testadas para hepatite C (HCV) pelo menos uma vez por ano
em Ribeirão Preto, cidade a 315 km a noroeste da capital paulista. Entre 2015 e
2017, das 1407 PVHA notificadas no município, 1018 foram testadas para o HCV em
algum momento do tratamento.
Este foi um dos principais encaminhamentos
deliberados na reunião entre o movimento social e a direção do Programa Municipal
de DST/Aids, Tuberculose e Hepatites Virais da cidade, realizada na manhã de 27
de dezembro.
O problema, segundo a coordenação do
Programa Municipal, é que as pessoas em seguimento não eram mais testadas ao
longo do tratamento, protocolo que será retomado a partir do próximo ano. As
informações sobre as pessoas em tratamento do HCV ou já tratadas no município também
configuram outro problema, pois para acessar os dados, a coordenação do
Programa tem de solicitá-los.
No entanto, segundo Liz Neves, coordenadora do Programa Municipal, a área vem aumentando os esforços para testar e tratar as pessoas coinfectadas com HCV. Além disso, neste ano, a oferta de testagem para o HCV foi aumentada. Apenas em 2017 o município detectou 431 pessoas positivas para o HCV. Essas pessoas, porém, ainda não fizeram o PCR (exame confirmatório), mas estão sendo chamadas para voltar aos serviços de saúde.
Em 2017 foram confirmados 28 casos de hepatite A em Ribeirão Preto (os 13 casos divulgados anteriormente referiam-se apenas ao primeiro semestre). A grande maioria dos casos notificados em homens que fazem sexo com homens (HSH). A imunização para a hepatite A é ofertada apenas para crianças até 13 anos e para grupos de pessoas com maior risco de infecção. Os HSH não estão entre os grupos prioritários. O Fórum das ONG/Aids do Estado de São Paulo solicitou, em novembro, a ampliação da vacinação para este grupo.
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