A realidade das coinfecções envolvendo as hepatites virais e a aids foi tratada na reunião ordinária do FOAESP no mês de agosto, a partir de debates ocorridos recentemente em evento satélite do Congresso da IAS, na França e de ações já desenvolvidas pelas ONG Projeto Bem me Quer, GIV e o FOAESP.
Segundo Jorge Beloqui, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu uma meta de erradicação da hepatite C (HCV) até 2030, com redução de 65% na mortalidade. Ele explicou que atualmente no Brasil há perto de 3800 pessoas coinfectadas com HIV e hepatite C tratadas, sendo que 78% estão no Estado de São Paulo. Para o ativista, este dado mostra que o acesso ao tratamento da hepatite C continua dificultado.
A médica Leda Jamal, do CRT/Aids-SP, apresentou dados de coinfecção Tuberculose e HIV em São Paulo e suas características sociais. Segundo ela, o estado registrou 5.664 casos novos de tuberculose, em 2016, sendo que em 86,4% foram realizados testes anti-HIV com 536 diagnosticados com a coinfecção (9,5%). Destes, menos de um terço estão em tratamento antirretroviral. A interseção com o uso problemático de álcool e outras drogas foi um dos destaques da discussão, exigindo maior sensibilização no acolhimento e no tratamento por parte dos profissionais de saúde.
Para ler a reportagem completa sobre a reunião do FOAESP, publicada pela Agência de Notícias da Aids, acesse http://agenciaaids.com.br/home/noticias/noticia_detalhe26680.
Nenhum comentário:
Postar um comentário